sexta-feira, 19 de junho de 2015

                    ANIMAIS URBANOS: Pombos urbanos

Gisele Ribas Alves
Licenciatura em Ciências Biológicas

Os pombos comuns (Columba lívia) são aves que tem sua origem das regiões rochosas do leste Europeu, também conhecidos por pombos das rochas, não são aves nativas do Brasil, foram introduzidas para fins de domesticação e até alimentação.

           Os pombos também possuem sua história ao longo do tempo em contato com humanos, alguns fatos se associam na antiguidade a simbologias de paz, libertação da alma para questões religiosas simbolizado até em tempos atuais, além de relatos de sua utilidade de carregar mensagens o conhecido “pombo correio” pelo seu senso direcional tendo capacidade de retornar ao ponto de origem.

Apesar de esta ave ser aparentemente inofensiva, tornou-se um problema ambiental urbano devido seu descontrole populacional e agravos a saúde pública, pois pode transmitir mais de 60 tipos de zoonoses além de vários parasitas que carrega em seu corpo, possuem uma listagem mais numerosa de doenças transmissíveis que a dos ratos, além de que, pombos são mais simpatizáveis a proximidade humana, ou seja, as pessoas até suportam a presença de pombos, porém a de ratos não.
Uma de sua principal zoonose e a chamada criptococose conhecida também por doença do pombo, é causada pela inalação de um fungo contido nas fezes do pombo contaminado e o não tratamento pode ocorrer o falecimento.

Estes animais são resistente e facilmente adaptáveis ao meio urbano, um fator principal de sua estadia aos meios urbanos é o fácil acesso a alimentos fornecidos por pessoas e por restos alimentares expostos nas ruas.

O potencial de reprodução dos pombos está intimamente associado á oferta de alimento. [...] A supressão alimentar torna-se fator limitante prioritário de controle, com resultados diretos na redução do potencial reprodutivo e da densidade populacional destas aves. A supressão ou redução da oferta de alimento está, no entanto, na dependência de posturas da própria população, principalmente de crianças e idosos, que representam os principais provedores de alimentos para os pombos. (FIGUEIREDO; 2000, p. 56).


O seu aumento populacional cresce descontroladamente, devido não haver muitos predadores desta espécie nas áreas urbanas e sua alta reprodução, pois as fêmeas podem por de 10 a 14 ovos por ano e a alimentação esta associada ao aumento reprodutivo, ou seja, onde houver mais alimento mais eles vão se reproduzir. Existem algumas medidas de controle populacional destes animais como o emprego de substâncias com anticoncepcionais em grãos, inclinação de superfícies, cercas elétricas, porém não é completamente eficaz e o abate destas aves por poderes públicos ainda é muito questionável por ambientalistas, além de possuir um alto custo. São consideravelmente importantes programas educacionais na informação do agravo ao problema, pois a população deve estar ciente de algumas medidas de prevenção simples como o não fornecimento de alimentos e limpezas de superfícies.

Para o enriquecimento das pesquisas em função dos objetivos do presente artigo, abaixo na figura 7 pode-se retratar a aglomeração de pombos, registrados no centro urbano da cidade de Porto Alegre em frente á prefeitura, onde no local Há uma fonte com água fresca, além de pessoas transitarem diariamente o acesso ao alimento é facilitado.                                                             

Figuras  – A aglomeração de pombos no centro urbano de Porto Alegre.

Fonte: Autor

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Referências:
BARBOSA, Santos dos, Luiz, André; DUARTE, Rosa, Jair; FIGUEIREDO, Ramos, Lucy (org.), Controladores de Vetores e Pragas Nível Avançado, São Paulo; ABCVP. Série técnica, março 2000.
PESQUISAS TEÓRICAS:

Gisele Ribas Alves
Licenciatura em Ciências biológicas


PROFESSOR: POSSIBILIDADES E DESAFIOS NA VALORIZAÇÃO DOCENTE


Sabendo que o professor é o instrumento principal para a educação na escola e para um processo de ensino e aprendizagem de qualidade, obviamente ele precisa ser bem instruído, ou seja, também precisa de uma formação de qualidade. Os autores Deursen e Romero mencionam que “O melhor ensino superior está nos EUA, segundo pesquisa da Universidade de Melbourne. Em seguida vêm países do norte da Europa e Canadá. Muito longe dos primeiros lugares, o Brasil aparece em 40º lugar – em uma lista de 48 países.” Conforme mencionado podemos ter uma idéia da posição do ensino superior no país onde o resultado é bastante preocupante.

A nosso ver, a profissão docente desenvolve-se por diversos fatores: o salário, a demanda do mercado de trabalho, o clima de trabalho nas escolas em que é exercida, a promoção na profissão, as estruturas hierárquicas, a carreira docente etc. [...] A melhoria da formação ajudará esse desenvolvimento, mas a melhoria de outros fatores (salário, estruturas, níveis de decisão, níveis de participação, carreira, clima de trabalho, legislação trabalhista etc.) tem papel decisivo nesse desenvolvimento. [...] Concluindo, a formação é um elemento importante de desenvolvimento profissional, mas não é o único e talvez não seja o decisivo. (IMBERNON, 2011, p. 46).

Para a sociedade uma boa instrução de educação é de grande importância, no momento em que não há profissionais qualificados, automaticamente a educação no país fica prejudicada. Sendo assim de acordo com Kuroski (2011, p.43) aponta algumas fragilidades a este processo.

Na perspectiva dos direitos sociais, a LDB nº 9.394/96 apresenta-se como instrumento de viabilização da educação como um direito de todos e dever do Estado e da família. Por outro lado, uma década de vigência da LDB aponta severas distorções em relação á qualidade da aprendizagem educacional [...] A formação docente, o analfabetismo ainda presente, a universalização que não considera a evasão e reprovação são pontos frágeis [...] Ou seja, apesar das inovações, o país não consegue proporcionar educação de qualidade a uma parcela da sua população. Portanto, cabe a todos os profissionais da educação se corresponsabilizarem com melhores resultados tão necessários á formação do cidadão brasileiro.


 Conforme a lei maior que nos garante a educação como direito do ser humano e a LDB nº 9394/96 nos garante, dentre outros, o padrão de qualidade e a valorização do profissional da educação escolar, porém existem algumas lacunas na prática e na realidade educacional na qual ainda há um longo caminho a ser percorrido e este processo no estado atual em que se encontra, acaba sobrecarregando os profissionais da educação.

Quando ocorrem mudanças culturais, qualquer que seja o tipo de sociedade, por certo isso influenciará diretamente no processo educativo que aí se instaura e desenvolve. Essas mudanças, boas ou más, portam em seu bojo controvérsias, criam desacordos, geram uma pluralidade de modos de interpretação, de significações e valores que, sem dúvida, trazem problemas á condução prática e concreta do trabalho educativo. (SILVA, 1986, p. 11).

De fato grande parte dos professores se sente desamparados nas escolas de educação básica, e realmente a formação docente é necessária e bastante importante, porém, não os prepara para a realidade educacional a qual não recebe o investimento adequado, onde o docente enfrenta diversos problemas sendo eles; estrutura física, falta de recursos materiais, quantidades de alunos por sala, poucos funcionários, demanda de matérias, disciplinas, alunos e pais desinteressados, problemas familiares de alunos, conflitos em sala de aula, dentre outros, e este despreparo interfere diretamente na educação do país.

O problema é que as conseqüências desse despreparo remetem diretamente a questões graves da educação brasileira, como o fracasso escolar. “Um trabalho sistemático com orientação dos professores, a formação dos professores, a formação continuada e conscientização sobre a responsabilidade de cada um no processo colaboram significativamente com o sucesso do aluno, distanciando-o do fracasso escolar”, diz. (CAMARGO, 2011, p. 34).

A biologia é uma das disciplinas rica em experimentos e práticas onde ela pode despertar a curiosidade e o interesse dos alunos, porém, com as dificuldades atuais de investimentos na educação, as disciplinas acabam se tornando maçantes e teóricas demais, onde um dos principais desafios para um bom ensino de ciências é a falta de laboratórios adequados com materiais necessários para aulas práticas e experimentais, sendo de grande importância para o aprendizado científico, materiais como em especial o microscópio, dentre outros.

A grande maioria dos professores de biologia e ciências concordará quanto á necessidade de uma considerável parte prática em seus cursos para poderem atingir plenamente os objetivos visados por essa disciplina na formação dos jovens. [...] No entanto, o ensino poderá ser tanto mais eficiente quanto melhores forem as instalações e o material disponíveis, sendo um direito e um dever dos docentes pleitear e lutar pela conquista de instrumentos que lhes permitem trabalhar melhor. (KRASILCHIK, 2008, p. 122-123).

Um fato interessante de se ressaltar, dentre outros, e que se faz necessário para o processo de ensino e aprendizagem nas escolas é o relacionamento entre professor e aluno, sendo de grande importância, pois no momento em que há um bom relacionamento verbal e respeito mútuo entre ambos, facilita o entendimento da matéria em andamento, sendo também que o professor deve estar preparado, ou melhor, saber lidar com o comportamento inadequado de alguns alunos, evitando conflitos em sala de aula e até mesmo a violência.

Uma das dificuldades mais comuns enfrentadas pelo professor é o que se costuma chamar de “controle da disciplina”. Dizendo assim, dá a impressão de que existe uma chave milagrosa que o professor manipula para manter a disciplina, Não é assim. A disciplina da classe está diretamente ligada ao estilo da prática docente, ou seja, á autoridade profissional, moral e técnico do professor. (LIBÂNEO, 1994, p. 252).

       Á vivência da prática real é importante para a formação acadêmica, pois, é preciso vivenciar a realidade para poder relacioná-la com a teoria, assim, contribui para o aprendizado e experiência pessoal, auxiliando na compreensão dos desafios do dia a dia escolar, permitindo refletir em questões educacionais. Concluo que existem mais desafios do que possibilidades para professores na educação, e certas dificuldades iniciam desde a formação docente que automaticamente interfere no trabalho profissional educacional. Diante do quadro educacional do país, sabemos que o ensino vem enfrentando diversos problemas, e para a melhoria desses problemas é necessário um conjunto de medidas e principalmente a participação de todos nesse processo, pois a falta de interesse de alunos, pais e comunidade também interferem nesta problemática da educação no país. O professor deve ser reconhecido com condições melhores de trabalho; salário digno; uma formação docente adequadamente investida e continuada, pois o professor é o instrumento principal da educação na sociedade, é o que ensina o aluno a pensar, incentiva e desperta a curiosidade, além de ser uma profissão necessária á outras profissões, ou seja, todo o profissional necessitou anteriormente de um professor para adquirir o conhecimento.

 

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em:< http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldf.pdf>. Acesso em: 24 outubro de 2013.
CAMARGO, Paulo de; O professor posto à prova, Revista Educação. São Paulo; Ed. segmento, 2011.
DEURSEN, Felipe Van; ROMERO, Luiz, Superradar Tendências, Revista Super Interessante. São Paulo; Ed. Abril S.A., 2012.
IMBERRNÓN, Francisco, Formação Docente e Profissional formar-se para a mudança e a incerteza 9º edição questões da nossa época volume 14, São Paulo, Ed. Cortez, 2011.
KUROSKI, Cristina, Estrutura e Funcionamento do Ensino, Caderno de estudos, Indaial, Ed. Grupo UNIASSELVI, 2011.
KRASILCHIK, Myriam, Prática de ensino de biologia 4º edição, São Paulo, Ed. Edusp, 2008.
LIBÂNEO, Carlos, José, Didática série formação do professor, São Paulo, Ed. Cortez, 1994.
SILVA, Ignacio, Aparecida, Sônia, Valores em Educação o problema da compreensão e da operacionalização dos valores na prática educativa, Rio de Janeiro, Ed. vozes Ltda, 1986.