ANIMAIS URBANOS: Pombos urbanos
Gisele Ribas Alves
Licenciatura em Ciências Biológicas
Os pombos comuns (Columba lívia) são aves que tem sua origem das regiões rochosas do
leste Europeu, também conhecidos por pombos das rochas, não são aves nativas do
Brasil, foram introduzidas para fins de domesticação e até alimentação.
Apesar de esta ave ser aparentemente
inofensiva, tornou-se um problema ambiental urbano devido seu descontrole
populacional e agravos a saúde pública, pois pode transmitir mais de 60 tipos
de zoonoses além de vários parasitas que carrega em seu corpo, possuem uma
listagem mais numerosa de doenças transmissíveis que a dos ratos, além de que,
pombos são mais simpatizáveis a proximidade humana, ou seja, as pessoas até
suportam a presença de pombos, porém a de ratos não.
Uma de sua principal zoonose e a chamada criptococose
conhecida também por doença do pombo, é causada pela inalação de um fungo
contido nas fezes do pombo contaminado e o não tratamento pode ocorrer o
falecimento.
Estes animais são resistente e facilmente
adaptáveis ao meio urbano, um fator principal de sua estadia aos meios urbanos
é o fácil acesso a alimentos fornecidos por pessoas e por restos alimentares
expostos nas ruas.
O potencial de reprodução dos pombos está
intimamente associado á oferta de alimento. [...] A supressão alimentar
torna-se fator limitante prioritário de controle, com resultados diretos na
redução do potencial reprodutivo e da densidade populacional destas aves. A
supressão ou redução da oferta de alimento está, no entanto, na dependência de
posturas da própria população, principalmente de crianças e idosos, que
representam os principais provedores de alimentos para os pombos. (FIGUEIREDO;
2000, p. 56).
O seu aumento populacional cresce descontroladamente, devido não haver
muitos predadores desta espécie nas áreas urbanas e sua alta reprodução, pois
as fêmeas podem por de 10 a 14 ovos por ano e a alimentação esta associada ao
aumento reprodutivo, ou seja, onde houver mais alimento mais eles vão se
reproduzir. Existem algumas medidas de controle populacional destes animais
como o emprego de substâncias com anticoncepcionais em grãos, inclinação de
superfícies, cercas elétricas, porém não é completamente eficaz e o abate
destas aves por poderes públicos ainda é muito questionável por ambientalistas,
além de possuir um alto custo. São consideravelmente importantes programas
educacionais na informação do agravo ao problema, pois a população deve estar
ciente de algumas medidas de prevenção simples como o não fornecimento de
alimentos e limpezas de superfícies.
Para o enriquecimento das pesquisas em função dos objetivos do presente
artigo, abaixo na figura 7 pode-se retratar a aglomeração de pombos,
registrados no centro urbano da cidade de Porto Alegre em frente á prefeitura,
onde no local Há uma fonte com água fresca, além de pessoas transitarem
diariamente o acesso ao alimento é facilitado.
Figuras – A aglomeração de pombos no centro urbano de Porto Alegre.
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