quarta-feira, 1 de julho de 2015


PESQUISAS TEÓRICAS:

Gisele Ribas Alves
Licenciatura em Ciências Biológicas


ASPECTOS COMPORTAMENTAIS NA ESCOLA
Relação Professor e Aluno

O comportamento sendo ele manifestações de ações causadas por fatores internos e externos se encaixam nos diferentes seres, sendo eles humanos ou animais, diretamente ligado ao meio em que vivem. O estudo do comportamento em seres humanos é bastante complexo por depender de diferentes fatores externos como: cultura, relacionamentos, trabalho, escola, etc. Em psicologia o estudo do comportamento humano refere- se na possibilidade de fazer algo de uma ou mais pessoas dedicando- se em analisar todos as formas de comportamento.

Os psicólogos estudam o comportamento em todas as suas formas, desde a mais simples até a mais complexa, desde o piscar involuntário dos olhos até a mais complicada configuração de ações e reações que pode apresentar uma equipe de astronautas que controla e dirige uma astronave. A gama de condutas humanas (comportamento) estudada pelos psicólogos nas empresas é tão ampla como a estudada pelos psicólogos em outras situações. ( MINICUCCI, 2011, p. 19.)

O comportamento se tratando de suas classificações é um assunto analisado desde os tempos mais antigos, segundo uma pesquisa realizada na revista Educação, as tentativas de se conceituar ou definir as personalidades humanas vem desde os tempos antigos, como a época de  Hipócrates.

A tentativa de classificar o comportamento e temperamento humano vem antes do surgimento de muitas das grandes filosofias e religiões do mundo. Hipócrates, pai da medicina ocidental – e cujas palavras ainda servem de juramento para graduandos de medicina hoje – marcou na Grécia Antiga a primeira categorização de personalidades. Segundo ele, existem quatro tipos de temperamento humano, de acordo com o fluido corporal que a pessoa mais possui: sanguíneo (sangue), fleumático (linfa ou fleuma), colérico (bílis), e melancólico ( bílis negra). (GUERREIRO, 2011, P. 45).

No ambiente escolar, pode-se analisar diferentes e variados tipos de comportamento, especialmente por parte dos alunos, sendo que os professores acabam tendo que lidar com diversas situações em sala de aula devido ao “mau comportamento” de alguns alunos, situações bastante freqüentes na atualidade. De uma forma geral existem diversas razões possíveis para essa tal problemática, onde se inclui principalmente problemas no ambiente familiar que atinge a vida social.

È muito comum observarmos meninos e meninas com problemas de comportamento na escola e em outros lugares que costumem freqüentar que podem trazer uma série de prejuízos ao seu desenvolvimento social, acadêmico e emocional. Nem sempre crianças ou adolescentes que apresentam algum problema de comportamento podem receber o diagnóstico de TRANSTORNO DE CONDUTA. (FACION, 2007, p. 83).


As alterações nos comportamentos dos alunos se da por diversos motivos, podendo ser por algum tipo de doença os transtornos psicológicos, medo, problemas familiares, buling, dentre outros, porém no momento em se consegue compreender a causa do problema de comportamento, torna-se mais fácil controlar a situação e auxiliar o aluno com essa problemática. Em aspectos gerais, hoje em dia é bastante difícil o controle dos alunos em sala de aula, envolvendo algumas vezes casos de agressões e violência, no entanto esse controle da turma se torna um desafio para o professor em aula. Existem algumas maneiras de auxiliar no controle, levando sempre em consideração o bom relacionamento professor e aluno, além de ser importante estabelecer algumas regras e criar uma atmosfera positiva para os alunos.

Uma das dificuldades mais comuns enfrentadas pelo professor é o que se costuma chamar de “controle da disciplina”. Dizendo assim, dá a impressão de que existe uma chave milagrosa que o professor manipula para manter a disciplina, Não é assim. A disciplina da classe está diretamente ligada ao estilo da prática docente, ou seja, á autoridade profissional, moral e técnico do professor. (LIBÂNEO, 1994, p. 252).


O trabalho docente deve ter em vista a ajuda aos alunos nas suas tarefas. O controle sem ajuda pede provocar insegurança nos alunos, que ás vezes se sentem cobrados a um desempenho para qual não foram suficientemente preparados. Por outro lado, a ajuda sem controle não estimula os alunos a progredir e vencer as dificuldades. ( LIBÂNEO, 1994, p. 253).


De fato, grande parte dos professores se sente despreparados ao lidar com o comportamento dos alunos, o cotidiano na sala de aula muitas vezes faz com que os professores adotem algumas regras por vezes rigorosas, o que acaba gerando conflitos em sala. Apesar do relacionamento com os alunos ser profissional é necessário seguir um padrão de relação no qual não cause estresse em aula, sendo assim um bom contato verbal, compreensão e respeito mútuo entre ambos, certamente facilitara o aprendizado dos alunos e manterá um desenvolvimento positivo em sala, além de evitar a violência na escola.

Há muito os distúrbios disciplinares deixaram de ser um evento esporádico e particular no cotidiano das escolas brasileiras para se tornarem, talvez, um dos maiores obstáculos pedagógicos dos dias atuais. Claro está que, salvo o enfrentamento isolado e personalizados de alguns, a maioria dos educadores não sabe ao certo como interpretar e/ ou administrar o ato indisciplinado. Compreender ou reprimir? Encaminhar ou ignorar? (AQUINO, 1996, p. 7).

Quando se fala de comportamento o assunto torna-se complexo, pois as ações e reações causadas nos seres que distinguem o comportamento, deriva-se de diversos fatores nos quais é necessário compreender cada individuo individualmente para que se possa ter uma postura correta frente ao problema, no entanto, em sala de aula é bastante comum o comportamento inadequado de alguns alunos e muitas vezes os professores se sentem desamparados nesta questão para manter o controle dos alunos em sala de aula que dificulta o andamento da disciplina e do aprendizado.

Com o embasamento teórico, concluo que existem muitos desafios para se manter um ambiente positivo em sala de aula, principalmente se tratando de comportamentos inadequados, diante deste quadro é necessário que professores tenham um bom conhecimento a respeito de questões comportamentais, para que possam agir corretamente diante dessa problemática, na qual é bastante comum em quase todas as escolas brasileiras, esse processo não depende também somente do professor, é necessária a participação de todos os envolvidos podendo incluir familiares e psicólogos, porém se o professor adquirir domínio da matéria e adotar métodos para esses processos, certamente ficara mais fácil de lidar com a personalidade da cada um.

REFERÊNCIAS

AQUINO, Groppa, Julio; (org.); Indisciplina na Escola Alternativas teóricas e práticas, São Paulo, Ed. Summus editorial, 1996.

FACION, Raimundo, José; Transtornos do Desenvolvimento e do Comportamento, Curitiba, Ed. IBPEX, 2007.

GUERREIRO, Carmen; O professor posto á prova, Revista Educação. São Paulo; Ed segmento, 2011. 

LIBÂNEO, Carlos, José, Didática série formação do professor, São Paulo, Ed. Cortez, 1994.

MINICUCCI, Agostinho; Relações Humanas Psicologia das Relações Interpessoais. São Paulo; Ed. Atlas S.A, 2011.
  ANIMAIS URBANOS: Ratos urbanos

Gisele Ribas Alves
Licenciatura em Ciências Biológicas


Os ratos são pequenos mamíferos da ordem roedores, conhecidos e temidos mundialmente, pois seu convívio aos meios urbanos é antigo. Relatos apresentam no fim da Idade Média, sobre uma pandemia que atingiu a população da Europa a conhecida peste bubônica ou peste negra que era transmitida através da pulga do rato preto.

Muitos países atualmente sofrem com a superpopulação dos ratos, são animais resistentes, se adaptam com facilidade nas áreas urbanas tendo como principal propósito, assim como os pombos, a busca por alimento, podem transmitir mais de 50 tipos de doenças, uma de sua principal zoonose e a leptospirose causada por uma bactéria alojada nos rins do roedor, sendo transmitida ao homem pelo contato com a urina do rato infectado.

      Possuem uma variedade de habilidades físicas como saltar, cavar, escalar, roer e até nadar, apesar da visão ser adaptado para lugares escuros seu olfato e audição são excelentes, além do tato e  paladar, podem detectar pequenas quantidades de veneno misturado ao alimento, o que dificulta sua captura. O convívio social entre os roedores é bastante curioso, demonstra esperteza e agilidades, existem os dominantes e os dominados conforme Maricone (1999, p. 290-291) menciona que:


Comportamento social: num grupo de ratos, há indivíduos dominantes (machos e fêmeas mais fortes, em idade de franca reprodução) e os dominados (ratos muito jovens e muito velhos). Os machos dominantes expulsam os outros machos das tocas, ocupam os melhores locais do território da colônia e alimentam-se quando querem. Os dominados ocupam áreas marginais no território e só se alimentam quando não há dominantes presentes.[...] Dinâmica populacional: na falta de alimento, os ratos limitam a população (canibalismo, baixa fecundidade e baixa fertilidade das fêmeas, supressão de cios etc.). Havendo espaço e comida bastante, as colônias crescem. (Grifo do autor).


  No mundo existe aproximadamente 3 mil espécies de roedores, porém três destas espécies habitam áreas urbanas, na primeira espécie temos os camundongos (Mus muscullus) possui uma estrutura corpórea bem menor que as outras duas espécies com pelagem de coloração acinzentada, costumam se abrigar em locais próximo ao solo em residências como espaços entre paredes ou móveis, podem procriar-se de 7 a 8 vezes no ano. Na segunda espécie urbana encontramos os ratos (Rattus rattus) conhecidos como rato de telhado ou forro, como o próprio nome já diz geralmente se abrigam acima do solo por entre forros e sótãos de residências, sua coloração varia de preto a cinza escuro, são maiores que os camundongos e podem se reproduzir de 5 a 6 vezes por ano. A terceira espécie são as ratazanas (Rattus norvegicus) o popularmente temido e conhecido rato de esgoto, sendo estes bem maiores que as outras duas espécies e mais agressivos, costuma se abrigar em boa parte das redes de esgoto urbano também em depósitos de lixo, possui coloração entre castanho e acinzentado, procriam de 4 a 5 vezes no ano.


      Os roedores geralmente possuem hábitos noturnos, costumam fugir de pessoas, são desconfiados e se escondem em tocas ou buracos, por isso é mais difícil visualizar eles em áreas abertas públicas, diferentemente dos pombos que são animais de fácil visualização e são diurnos, porém, de fato, eles estão presentes nas zonas urbanas e em numerosos indivíduos, conforme minha observação em áreas públicas de centros urbanos, consigo retratar a imagem (figura 8) de uma ratazana em uma praça bem pequena na cidade de Porto Alegre, como são difíceis de visualizar por serem desconfiados, optou-se por colocar uma quantia bem pequena de alimento próximo ao arbusto onde se encontrava o animal, como possuem um olfato aguçado consegui capturar a imagem quando o animal se aproximou do alimento, conforme as pesquisas teóricas, realmente os ratos analisam bem o alimento antes de consumir para a identificação de possíveis venenos e passam a informação ao restante do grupo, resultado haviam quatro ratazanas analisando o alimento antes de consumi-lo, possuem hábitos noturnos, mas não seguem regras, estava em pleno o dia a procura de alimentos.  

Figura  - Ratazana identificada em praça de livre acesso ao publico na cidade de Porto Alegre.

Fonte Autor

REFERÊNCIAS
MARICONI, M., A., Francisco, (coord.) et al. Insetos e Outros Invasores de Residências, Biblioteca de Ciências Agrária Luiz  de Queiroz volume 6, São Paulo, Ed. Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz FEALQ, 1999.



para facilitar o entendimento observe a imagem abaixo extraída de fontes da internet onde consta as três principais espécies de ratos urbanos:

fonte extraída da internet