quinta-feira, 24 de setembro de 2015

CURIOSIDADES: A Lagartixa Doméstica Tropical e seus poderes especiais


    Quem nunca se deparou com uma lagartixa andando pelas paredes e teto de suas casas, desafiando as leis da gravidade, ou sem sua cauda?
    Pois etão, nossas inofensivas amigas Lagartixas, são répteis de pequeno porte, lagartos do gênero Hemidactylus originárias da Africa que se espalharam pelo Brasil, variam de tamanho geralmente entre 1 a 8 centímetros mas podem chegar até 17 cm, existe uma variedade de espécies de lagartixas distribuídas pelo mundo, porém, a Lagartixa-Doméstica-Tropical, são as que encontramos eventualmente em nossas residencias, como o nome diz, são seres que se adaptam muito bem a regiões tropicais e também se adaptam a meios urbanos, são encontradas em vários estados brasileiros, atendem por nomes diferentes conforme região, tais como; Crocodilinho de parede, camaleão, Taruíra dentre outros além de Lagartixa.
    As Lagartixas possuem habilidades especiais, além de sua rapidez, camuflagem e agilidade em caças, se alimentam de pequenos invertebrados ( artrópodes) tais como aranhas, grilos, cupim, mariposas, gafanhotos, os insetos indesejáveis que temos nas residencias como baratas, moscas e mosquitos, pode-se definir sua importância, pois agem como controladores dessas pragas domésticas. Também possuem uma especial habilidade de andar em paredes e tetos sem caírem devido a gravidade, esta extraordinária capacidade foi motivo de muitos estudos de cientistas ao longo do tempo, hoje sabe-se que a lagartixa possui patas muito especiais e que nelas contem cerdas microscópicas em seu dedos que permitem o réptil se aderir em diferentes superfícies, até mesmo sendo lisas como vidro, na imagem a seguir, consegui registrar uma lagartixa do lado de fora do vidro da janela, a foto ficou diferente pois havia pouca luminosidade e o vidro refletiu o lado de dendro do lugar.


Fonte Autor

Pode-se observar que a lagartixa mantem-se firme na superfície e isto ocorre sem precisar de algum tipo de líquido aderente ou algo como "cola" que ela possa eliminar, isto ocorre a seco, suas cerdas microscópicas se aderem nas superfícies devido a chamada força de Van der Waal, (nome de um físico-químico), que na física consiste na junção de forças opostas ou matérias que se atraem, sendo assim, as moléculas que existem nas paredes de superfícies e nas patas das lagartixas se atraem. 

Fonte Extraída da Internet




Aqui pode observar como são as cerdas microscópicas das patas das lagartixas com o incrível poder de aderência nas superfícies.

   Outra especial habilidade das lagartixas e alguns lagartos é a perda da sua cauda por vontade própria, este mecanismo chamado autotomia ocorre como forma de defesa contra predadores, o réptil tem a incrível capacidade de desprender sua cauda em um ponto específico entre as vértebras onde os músculos se contraem e não causam dor, quando se sente ameaçado, ao desprender sua cauda ela continua a se mover por alguns instantes o que distraí o predador enquanto a lagartixa foge, além disto tem a capacidade de regeneração da cauda, e pode usar desde recurso por mais algumas vezes, porém nunca será igual a outra cauda, o osso da cauda partida não se regenera, então ocorre um processo com cartilagem no lugar do osso, e não poderá ser partida no mesmo lugar.
   Quanto a reprodução ocorre durante todo o ano, as fêmeas podem depositar até dois ovos por ninhada, os filhotes nascem de 40 a 85 dias, em especial as lagartixas domésticas utilizam diversos lugares nas residências para depositar seus ovos, como pequenas frestas em janelas, forros, armários, pequenas caixas, dentre outros, são bem fáceis de identifica-los, são brancos, bem redondos com cerca de 1 cm, a casca do ovo é relativamente firme, lembram balinhas brancas, observe nas imagens a baixo, registrei diversas cascas de ovos de lagartixas em uma caixa de ferramentas:

Fonte Autor







Fonte Autor




Sites de Referência:

http://www.brasilescola.com/quimica/como-as-lagartixas-conseguem-subir-pelas-paredes.htm

http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/lagartixas-perdem-rabo-como-isso-ocorre-502812.shtml

http://www.ninha.bio.br/biologia/lagartixa.html

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150905_vert_earth_segredo_lagartixas_ml

http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-se-regenera-o-rabo-da-lagartixa




segunda-feira, 21 de setembro de 2015

BIOLOGANDO NA TRILHA: Lagarta-Vermelha da Mariposa Morpho epistrophus Bandeira Argentina


   Em um dos acampamentos realizado na região de Bacopari também conhecida como Lagoa Azul localizado entre Mostardas e Palmares do Sul/RS, foi registrado por Cíntia Bueno a imagem da Lagarta-Vermelha ou também conhecida por Lagarta de fogo, exibem cores marcantes como podemos ver na foto abaixo, de vermelho a laranja, costumam ficar aglomeradas e penduradas em folhas de arvores ou troncos, o fato de ficarem juntas também se da por defesa aos predadores, se alimentam de folhas de diversas árvores uma delas é a ingá e também erva bugre, por possuírem longos fios ou cerdas nas laterais e traseira deve-se evitar o toque ou contato, pois quase todas as lagartas com cerdas queimam a pele humana podendo causar alergias, ardência ou vermelhidão, algumas outras espécies de lagartas podem carregar toxinas. 


Fonte: Foto de Cíntia Bueno

fonte extraída da internet 








Aqui mostra o agrupamento das lagartas penduradas nas folhas de arvores, podendo até ser confundido com uma espécie de flor.









   Apos seu ciclo, ou seja, em sua faze adulta, ela se apresenta sob forma de uma belíssima borboleta com tons azulados nas asas, da espécie Morpho epistrophus argentinus, se distribui pelas regiões do Brasil, podendo ser encontrada em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do sul e também nos países da Argentina, Uruguay e Paraguai, conhecida por variados nomes como Bandeira Argentina, Azulão, borboleta da Coronilha, dentre outros, possuem uma coloração de azul bem clarinho em algumas espécies, com desenhos escuros, de forma que as fêmeas são pouco maiores e possuem alguns tons de desenhos nas assas diferenciados dos machos. Grande maioria das borboletas do gênero Morpho costumam ter coloração cintilante metálica nas asas.
   A foto abaixo foi registrada na região de Riozinho Rolante /RS no Parque Municipal do Conduto é uma Morpho Epistrophus em sua fase adulta:


Fonte Autor / Borboleta Bandeira Argentina


  Outras imagens extraídas de fontes da internet:


fonte internet

fonte internet
































Sites de referencia:

https://netnature.wordpress.com/2014/02/12/ecologia-de-borboletas-morpho/


https://pt.wikipedia.org/wiki/Morpho_epistrophus


quarta-feira, 1 de julho de 2015


PESQUISAS TEÓRICAS:

Gisele Ribas Alves
Licenciatura em Ciências Biológicas


ASPECTOS COMPORTAMENTAIS NA ESCOLA
Relação Professor e Aluno

O comportamento sendo ele manifestações de ações causadas por fatores internos e externos se encaixam nos diferentes seres, sendo eles humanos ou animais, diretamente ligado ao meio em que vivem. O estudo do comportamento em seres humanos é bastante complexo por depender de diferentes fatores externos como: cultura, relacionamentos, trabalho, escola, etc. Em psicologia o estudo do comportamento humano refere- se na possibilidade de fazer algo de uma ou mais pessoas dedicando- se em analisar todos as formas de comportamento.

Os psicólogos estudam o comportamento em todas as suas formas, desde a mais simples até a mais complexa, desde o piscar involuntário dos olhos até a mais complicada configuração de ações e reações que pode apresentar uma equipe de astronautas que controla e dirige uma astronave. A gama de condutas humanas (comportamento) estudada pelos psicólogos nas empresas é tão ampla como a estudada pelos psicólogos em outras situações. ( MINICUCCI, 2011, p. 19.)

O comportamento se tratando de suas classificações é um assunto analisado desde os tempos mais antigos, segundo uma pesquisa realizada na revista Educação, as tentativas de se conceituar ou definir as personalidades humanas vem desde os tempos antigos, como a época de  Hipócrates.

A tentativa de classificar o comportamento e temperamento humano vem antes do surgimento de muitas das grandes filosofias e religiões do mundo. Hipócrates, pai da medicina ocidental – e cujas palavras ainda servem de juramento para graduandos de medicina hoje – marcou na Grécia Antiga a primeira categorização de personalidades. Segundo ele, existem quatro tipos de temperamento humano, de acordo com o fluido corporal que a pessoa mais possui: sanguíneo (sangue), fleumático (linfa ou fleuma), colérico (bílis), e melancólico ( bílis negra). (GUERREIRO, 2011, P. 45).

No ambiente escolar, pode-se analisar diferentes e variados tipos de comportamento, especialmente por parte dos alunos, sendo que os professores acabam tendo que lidar com diversas situações em sala de aula devido ao “mau comportamento” de alguns alunos, situações bastante freqüentes na atualidade. De uma forma geral existem diversas razões possíveis para essa tal problemática, onde se inclui principalmente problemas no ambiente familiar que atinge a vida social.

È muito comum observarmos meninos e meninas com problemas de comportamento na escola e em outros lugares que costumem freqüentar que podem trazer uma série de prejuízos ao seu desenvolvimento social, acadêmico e emocional. Nem sempre crianças ou adolescentes que apresentam algum problema de comportamento podem receber o diagnóstico de TRANSTORNO DE CONDUTA. (FACION, 2007, p. 83).


As alterações nos comportamentos dos alunos se da por diversos motivos, podendo ser por algum tipo de doença os transtornos psicológicos, medo, problemas familiares, buling, dentre outros, porém no momento em se consegue compreender a causa do problema de comportamento, torna-se mais fácil controlar a situação e auxiliar o aluno com essa problemática. Em aspectos gerais, hoje em dia é bastante difícil o controle dos alunos em sala de aula, envolvendo algumas vezes casos de agressões e violência, no entanto esse controle da turma se torna um desafio para o professor em aula. Existem algumas maneiras de auxiliar no controle, levando sempre em consideração o bom relacionamento professor e aluno, além de ser importante estabelecer algumas regras e criar uma atmosfera positiva para os alunos.

Uma das dificuldades mais comuns enfrentadas pelo professor é o que se costuma chamar de “controle da disciplina”. Dizendo assim, dá a impressão de que existe uma chave milagrosa que o professor manipula para manter a disciplina, Não é assim. A disciplina da classe está diretamente ligada ao estilo da prática docente, ou seja, á autoridade profissional, moral e técnico do professor. (LIBÂNEO, 1994, p. 252).


O trabalho docente deve ter em vista a ajuda aos alunos nas suas tarefas. O controle sem ajuda pede provocar insegurança nos alunos, que ás vezes se sentem cobrados a um desempenho para qual não foram suficientemente preparados. Por outro lado, a ajuda sem controle não estimula os alunos a progredir e vencer as dificuldades. ( LIBÂNEO, 1994, p. 253).


De fato, grande parte dos professores se sente despreparados ao lidar com o comportamento dos alunos, o cotidiano na sala de aula muitas vezes faz com que os professores adotem algumas regras por vezes rigorosas, o que acaba gerando conflitos em sala. Apesar do relacionamento com os alunos ser profissional é necessário seguir um padrão de relação no qual não cause estresse em aula, sendo assim um bom contato verbal, compreensão e respeito mútuo entre ambos, certamente facilitara o aprendizado dos alunos e manterá um desenvolvimento positivo em sala, além de evitar a violência na escola.

Há muito os distúrbios disciplinares deixaram de ser um evento esporádico e particular no cotidiano das escolas brasileiras para se tornarem, talvez, um dos maiores obstáculos pedagógicos dos dias atuais. Claro está que, salvo o enfrentamento isolado e personalizados de alguns, a maioria dos educadores não sabe ao certo como interpretar e/ ou administrar o ato indisciplinado. Compreender ou reprimir? Encaminhar ou ignorar? (AQUINO, 1996, p. 7).

Quando se fala de comportamento o assunto torna-se complexo, pois as ações e reações causadas nos seres que distinguem o comportamento, deriva-se de diversos fatores nos quais é necessário compreender cada individuo individualmente para que se possa ter uma postura correta frente ao problema, no entanto, em sala de aula é bastante comum o comportamento inadequado de alguns alunos e muitas vezes os professores se sentem desamparados nesta questão para manter o controle dos alunos em sala de aula que dificulta o andamento da disciplina e do aprendizado.

Com o embasamento teórico, concluo que existem muitos desafios para se manter um ambiente positivo em sala de aula, principalmente se tratando de comportamentos inadequados, diante deste quadro é necessário que professores tenham um bom conhecimento a respeito de questões comportamentais, para que possam agir corretamente diante dessa problemática, na qual é bastante comum em quase todas as escolas brasileiras, esse processo não depende também somente do professor, é necessária a participação de todos os envolvidos podendo incluir familiares e psicólogos, porém se o professor adquirir domínio da matéria e adotar métodos para esses processos, certamente ficara mais fácil de lidar com a personalidade da cada um.

REFERÊNCIAS

AQUINO, Groppa, Julio; (org.); Indisciplina na Escola Alternativas teóricas e práticas, São Paulo, Ed. Summus editorial, 1996.

FACION, Raimundo, José; Transtornos do Desenvolvimento e do Comportamento, Curitiba, Ed. IBPEX, 2007.

GUERREIRO, Carmen; O professor posto á prova, Revista Educação. São Paulo; Ed segmento, 2011. 

LIBÂNEO, Carlos, José, Didática série formação do professor, São Paulo, Ed. Cortez, 1994.

MINICUCCI, Agostinho; Relações Humanas Psicologia das Relações Interpessoais. São Paulo; Ed. Atlas S.A, 2011.
  ANIMAIS URBANOS: Ratos urbanos

Gisele Ribas Alves
Licenciatura em Ciências Biológicas


Os ratos são pequenos mamíferos da ordem roedores, conhecidos e temidos mundialmente, pois seu convívio aos meios urbanos é antigo. Relatos apresentam no fim da Idade Média, sobre uma pandemia que atingiu a população da Europa a conhecida peste bubônica ou peste negra que era transmitida através da pulga do rato preto.

Muitos países atualmente sofrem com a superpopulação dos ratos, são animais resistentes, se adaptam com facilidade nas áreas urbanas tendo como principal propósito, assim como os pombos, a busca por alimento, podem transmitir mais de 50 tipos de doenças, uma de sua principal zoonose e a leptospirose causada por uma bactéria alojada nos rins do roedor, sendo transmitida ao homem pelo contato com a urina do rato infectado.

      Possuem uma variedade de habilidades físicas como saltar, cavar, escalar, roer e até nadar, apesar da visão ser adaptado para lugares escuros seu olfato e audição são excelentes, além do tato e  paladar, podem detectar pequenas quantidades de veneno misturado ao alimento, o que dificulta sua captura. O convívio social entre os roedores é bastante curioso, demonstra esperteza e agilidades, existem os dominantes e os dominados conforme Maricone (1999, p. 290-291) menciona que:


Comportamento social: num grupo de ratos, há indivíduos dominantes (machos e fêmeas mais fortes, em idade de franca reprodução) e os dominados (ratos muito jovens e muito velhos). Os machos dominantes expulsam os outros machos das tocas, ocupam os melhores locais do território da colônia e alimentam-se quando querem. Os dominados ocupam áreas marginais no território e só se alimentam quando não há dominantes presentes.[...] Dinâmica populacional: na falta de alimento, os ratos limitam a população (canibalismo, baixa fecundidade e baixa fertilidade das fêmeas, supressão de cios etc.). Havendo espaço e comida bastante, as colônias crescem. (Grifo do autor).


  No mundo existe aproximadamente 3 mil espécies de roedores, porém três destas espécies habitam áreas urbanas, na primeira espécie temos os camundongos (Mus muscullus) possui uma estrutura corpórea bem menor que as outras duas espécies com pelagem de coloração acinzentada, costumam se abrigar em locais próximo ao solo em residências como espaços entre paredes ou móveis, podem procriar-se de 7 a 8 vezes no ano. Na segunda espécie urbana encontramos os ratos (Rattus rattus) conhecidos como rato de telhado ou forro, como o próprio nome já diz geralmente se abrigam acima do solo por entre forros e sótãos de residências, sua coloração varia de preto a cinza escuro, são maiores que os camundongos e podem se reproduzir de 5 a 6 vezes por ano. A terceira espécie são as ratazanas (Rattus norvegicus) o popularmente temido e conhecido rato de esgoto, sendo estes bem maiores que as outras duas espécies e mais agressivos, costuma se abrigar em boa parte das redes de esgoto urbano também em depósitos de lixo, possui coloração entre castanho e acinzentado, procriam de 4 a 5 vezes no ano.


      Os roedores geralmente possuem hábitos noturnos, costumam fugir de pessoas, são desconfiados e se escondem em tocas ou buracos, por isso é mais difícil visualizar eles em áreas abertas públicas, diferentemente dos pombos que são animais de fácil visualização e são diurnos, porém, de fato, eles estão presentes nas zonas urbanas e em numerosos indivíduos, conforme minha observação em áreas públicas de centros urbanos, consigo retratar a imagem (figura 8) de uma ratazana em uma praça bem pequena na cidade de Porto Alegre, como são difíceis de visualizar por serem desconfiados, optou-se por colocar uma quantia bem pequena de alimento próximo ao arbusto onde se encontrava o animal, como possuem um olfato aguçado consegui capturar a imagem quando o animal se aproximou do alimento, conforme as pesquisas teóricas, realmente os ratos analisam bem o alimento antes de consumir para a identificação de possíveis venenos e passam a informação ao restante do grupo, resultado haviam quatro ratazanas analisando o alimento antes de consumi-lo, possuem hábitos noturnos, mas não seguem regras, estava em pleno o dia a procura de alimentos.  

Figura  - Ratazana identificada em praça de livre acesso ao publico na cidade de Porto Alegre.

Fonte Autor

REFERÊNCIAS
MARICONI, M., A., Francisco, (coord.) et al. Insetos e Outros Invasores de Residências, Biblioteca de Ciências Agrária Luiz  de Queiroz volume 6, São Paulo, Ed. Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz FEALQ, 1999.



para facilitar o entendimento observe a imagem abaixo extraída de fontes da internet onde consta as três principais espécies de ratos urbanos:

fonte extraída da internet 

sexta-feira, 19 de junho de 2015

                    ANIMAIS URBANOS: Pombos urbanos

Gisele Ribas Alves
Licenciatura em Ciências Biológicas

Os pombos comuns (Columba lívia) são aves que tem sua origem das regiões rochosas do leste Europeu, também conhecidos por pombos das rochas, não são aves nativas do Brasil, foram introduzidas para fins de domesticação e até alimentação.

           Os pombos também possuem sua história ao longo do tempo em contato com humanos, alguns fatos se associam na antiguidade a simbologias de paz, libertação da alma para questões religiosas simbolizado até em tempos atuais, além de relatos de sua utilidade de carregar mensagens o conhecido “pombo correio” pelo seu senso direcional tendo capacidade de retornar ao ponto de origem.

Apesar de esta ave ser aparentemente inofensiva, tornou-se um problema ambiental urbano devido seu descontrole populacional e agravos a saúde pública, pois pode transmitir mais de 60 tipos de zoonoses além de vários parasitas que carrega em seu corpo, possuem uma listagem mais numerosa de doenças transmissíveis que a dos ratos, além de que, pombos são mais simpatizáveis a proximidade humana, ou seja, as pessoas até suportam a presença de pombos, porém a de ratos não.
Uma de sua principal zoonose e a chamada criptococose conhecida também por doença do pombo, é causada pela inalação de um fungo contido nas fezes do pombo contaminado e o não tratamento pode ocorrer o falecimento.

Estes animais são resistente e facilmente adaptáveis ao meio urbano, um fator principal de sua estadia aos meios urbanos é o fácil acesso a alimentos fornecidos por pessoas e por restos alimentares expostos nas ruas.

O potencial de reprodução dos pombos está intimamente associado á oferta de alimento. [...] A supressão alimentar torna-se fator limitante prioritário de controle, com resultados diretos na redução do potencial reprodutivo e da densidade populacional destas aves. A supressão ou redução da oferta de alimento está, no entanto, na dependência de posturas da própria população, principalmente de crianças e idosos, que representam os principais provedores de alimentos para os pombos. (FIGUEIREDO; 2000, p. 56).


O seu aumento populacional cresce descontroladamente, devido não haver muitos predadores desta espécie nas áreas urbanas e sua alta reprodução, pois as fêmeas podem por de 10 a 14 ovos por ano e a alimentação esta associada ao aumento reprodutivo, ou seja, onde houver mais alimento mais eles vão se reproduzir. Existem algumas medidas de controle populacional destes animais como o emprego de substâncias com anticoncepcionais em grãos, inclinação de superfícies, cercas elétricas, porém não é completamente eficaz e o abate destas aves por poderes públicos ainda é muito questionável por ambientalistas, além de possuir um alto custo. São consideravelmente importantes programas educacionais na informação do agravo ao problema, pois a população deve estar ciente de algumas medidas de prevenção simples como o não fornecimento de alimentos e limpezas de superfícies.

Para o enriquecimento das pesquisas em função dos objetivos do presente artigo, abaixo na figura 7 pode-se retratar a aglomeração de pombos, registrados no centro urbano da cidade de Porto Alegre em frente á prefeitura, onde no local Há uma fonte com água fresca, além de pessoas transitarem diariamente o acesso ao alimento é facilitado.                                                             

Figuras  – A aglomeração de pombos no centro urbano de Porto Alegre.

Fonte: Autor

Fonte: Autor

Fonte: Autor

Fonte: Autor

Fonte: Autor

Referências:
BARBOSA, Santos dos, Luiz, André; DUARTE, Rosa, Jair; FIGUEIREDO, Ramos, Lucy (org.), Controladores de Vetores e Pragas Nível Avançado, São Paulo; ABCVP. Série técnica, março 2000.
PESQUISAS TEÓRICAS:

Gisele Ribas Alves
Licenciatura em Ciências biológicas


PROFESSOR: POSSIBILIDADES E DESAFIOS NA VALORIZAÇÃO DOCENTE


Sabendo que o professor é o instrumento principal para a educação na escola e para um processo de ensino e aprendizagem de qualidade, obviamente ele precisa ser bem instruído, ou seja, também precisa de uma formação de qualidade. Os autores Deursen e Romero mencionam que “O melhor ensino superior está nos EUA, segundo pesquisa da Universidade de Melbourne. Em seguida vêm países do norte da Europa e Canadá. Muito longe dos primeiros lugares, o Brasil aparece em 40º lugar – em uma lista de 48 países.” Conforme mencionado podemos ter uma idéia da posição do ensino superior no país onde o resultado é bastante preocupante.

A nosso ver, a profissão docente desenvolve-se por diversos fatores: o salário, a demanda do mercado de trabalho, o clima de trabalho nas escolas em que é exercida, a promoção na profissão, as estruturas hierárquicas, a carreira docente etc. [...] A melhoria da formação ajudará esse desenvolvimento, mas a melhoria de outros fatores (salário, estruturas, níveis de decisão, níveis de participação, carreira, clima de trabalho, legislação trabalhista etc.) tem papel decisivo nesse desenvolvimento. [...] Concluindo, a formação é um elemento importante de desenvolvimento profissional, mas não é o único e talvez não seja o decisivo. (IMBERNON, 2011, p. 46).

Para a sociedade uma boa instrução de educação é de grande importância, no momento em que não há profissionais qualificados, automaticamente a educação no país fica prejudicada. Sendo assim de acordo com Kuroski (2011, p.43) aponta algumas fragilidades a este processo.

Na perspectiva dos direitos sociais, a LDB nº 9.394/96 apresenta-se como instrumento de viabilização da educação como um direito de todos e dever do Estado e da família. Por outro lado, uma década de vigência da LDB aponta severas distorções em relação á qualidade da aprendizagem educacional [...] A formação docente, o analfabetismo ainda presente, a universalização que não considera a evasão e reprovação são pontos frágeis [...] Ou seja, apesar das inovações, o país não consegue proporcionar educação de qualidade a uma parcela da sua população. Portanto, cabe a todos os profissionais da educação se corresponsabilizarem com melhores resultados tão necessários á formação do cidadão brasileiro.


 Conforme a lei maior que nos garante a educação como direito do ser humano e a LDB nº 9394/96 nos garante, dentre outros, o padrão de qualidade e a valorização do profissional da educação escolar, porém existem algumas lacunas na prática e na realidade educacional na qual ainda há um longo caminho a ser percorrido e este processo no estado atual em que se encontra, acaba sobrecarregando os profissionais da educação.

Quando ocorrem mudanças culturais, qualquer que seja o tipo de sociedade, por certo isso influenciará diretamente no processo educativo que aí se instaura e desenvolve. Essas mudanças, boas ou más, portam em seu bojo controvérsias, criam desacordos, geram uma pluralidade de modos de interpretação, de significações e valores que, sem dúvida, trazem problemas á condução prática e concreta do trabalho educativo. (SILVA, 1986, p. 11).

De fato grande parte dos professores se sente desamparados nas escolas de educação básica, e realmente a formação docente é necessária e bastante importante, porém, não os prepara para a realidade educacional a qual não recebe o investimento adequado, onde o docente enfrenta diversos problemas sendo eles; estrutura física, falta de recursos materiais, quantidades de alunos por sala, poucos funcionários, demanda de matérias, disciplinas, alunos e pais desinteressados, problemas familiares de alunos, conflitos em sala de aula, dentre outros, e este despreparo interfere diretamente na educação do país.

O problema é que as conseqüências desse despreparo remetem diretamente a questões graves da educação brasileira, como o fracasso escolar. “Um trabalho sistemático com orientação dos professores, a formação dos professores, a formação continuada e conscientização sobre a responsabilidade de cada um no processo colaboram significativamente com o sucesso do aluno, distanciando-o do fracasso escolar”, diz. (CAMARGO, 2011, p. 34).

A biologia é uma das disciplinas rica em experimentos e práticas onde ela pode despertar a curiosidade e o interesse dos alunos, porém, com as dificuldades atuais de investimentos na educação, as disciplinas acabam se tornando maçantes e teóricas demais, onde um dos principais desafios para um bom ensino de ciências é a falta de laboratórios adequados com materiais necessários para aulas práticas e experimentais, sendo de grande importância para o aprendizado científico, materiais como em especial o microscópio, dentre outros.

A grande maioria dos professores de biologia e ciências concordará quanto á necessidade de uma considerável parte prática em seus cursos para poderem atingir plenamente os objetivos visados por essa disciplina na formação dos jovens. [...] No entanto, o ensino poderá ser tanto mais eficiente quanto melhores forem as instalações e o material disponíveis, sendo um direito e um dever dos docentes pleitear e lutar pela conquista de instrumentos que lhes permitem trabalhar melhor. (KRASILCHIK, 2008, p. 122-123).

Um fato interessante de se ressaltar, dentre outros, e que se faz necessário para o processo de ensino e aprendizagem nas escolas é o relacionamento entre professor e aluno, sendo de grande importância, pois no momento em que há um bom relacionamento verbal e respeito mútuo entre ambos, facilita o entendimento da matéria em andamento, sendo também que o professor deve estar preparado, ou melhor, saber lidar com o comportamento inadequado de alguns alunos, evitando conflitos em sala de aula e até mesmo a violência.

Uma das dificuldades mais comuns enfrentadas pelo professor é o que se costuma chamar de “controle da disciplina”. Dizendo assim, dá a impressão de que existe uma chave milagrosa que o professor manipula para manter a disciplina, Não é assim. A disciplina da classe está diretamente ligada ao estilo da prática docente, ou seja, á autoridade profissional, moral e técnico do professor. (LIBÂNEO, 1994, p. 252).

       Á vivência da prática real é importante para a formação acadêmica, pois, é preciso vivenciar a realidade para poder relacioná-la com a teoria, assim, contribui para o aprendizado e experiência pessoal, auxiliando na compreensão dos desafios do dia a dia escolar, permitindo refletir em questões educacionais. Concluo que existem mais desafios do que possibilidades para professores na educação, e certas dificuldades iniciam desde a formação docente que automaticamente interfere no trabalho profissional educacional. Diante do quadro educacional do país, sabemos que o ensino vem enfrentando diversos problemas, e para a melhoria desses problemas é necessário um conjunto de medidas e principalmente a participação de todos nesse processo, pois a falta de interesse de alunos, pais e comunidade também interferem nesta problemática da educação no país. O professor deve ser reconhecido com condições melhores de trabalho; salário digno; uma formação docente adequadamente investida e continuada, pois o professor é o instrumento principal da educação na sociedade, é o que ensina o aluno a pensar, incentiva e desperta a curiosidade, além de ser uma profissão necessária á outras profissões, ou seja, todo o profissional necessitou anteriormente de um professor para adquirir o conhecimento.

 

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em:< http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldf.pdf>. Acesso em: 24 outubro de 2013.
CAMARGO, Paulo de; O professor posto à prova, Revista Educação. São Paulo; Ed. segmento, 2011.
DEURSEN, Felipe Van; ROMERO, Luiz, Superradar Tendências, Revista Super Interessante. São Paulo; Ed. Abril S.A., 2012.
IMBERRNÓN, Francisco, Formação Docente e Profissional formar-se para a mudança e a incerteza 9º edição questões da nossa época volume 14, São Paulo, Ed. Cortez, 2011.
KUROSKI, Cristina, Estrutura e Funcionamento do Ensino, Caderno de estudos, Indaial, Ed. Grupo UNIASSELVI, 2011.
KRASILCHIK, Myriam, Prática de ensino de biologia 4º edição, São Paulo, Ed. Edusp, 2008.
LIBÂNEO, Carlos, José, Didática série formação do professor, São Paulo, Ed. Cortez, 1994.
SILVA, Ignacio, Aparecida, Sônia, Valores em Educação o problema da compreensão e da operacionalização dos valores na prática educativa, Rio de Janeiro, Ed. vozes Ltda, 1986.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

CURIOSIDADES:  O percevejo 


Encontrei aderido na grade da janela de minha cozinha um agrupamento de bolinhas incolores, instigando minha curiosidade notei que se moviam, então fiz algumas pesquisas e descobri que eram ovos de percevejo, veja na foto abaixo: 

Fonte Autor/ ovos de percevejo

Percevejos apresentam algumas espécies diferentes tais como os barbeiros e os percevejos de cama sendo perigosos pois podem transmitir doença, os percevejos de plantas são considerados pragas pois destroem plantações, também há os percevejos domésticos, os percevejos da soja e o percevejo fedorento conhecido por "fede-fede" de cor verde, cada qual possui características diferentes, ao todo existem mais de 40 mil especies de percevejos espalhados pelo mundo, os percevejos que registrei nas imagens são provavelmente de plantas, sendo sua alimentação.

Coloquei os ovos de percevejo em um pequeno pote aberto para observa-los, após um dia já estavam bem maiores, notei que os primeiros a saírem dos ovos esperavam os outros, ou seja, os mais velhos esperavam os mais novos a saírem dos ovos e após quatro dias estavam bem maiores, com as cores mais definidas e com as asas formadas, sendo assim foram embora todos no mesmo momento, no quinto dia ja não estavam mais no pote.

Observe nas fotos abaixo, registros de dois dias:  



Fonte Autor / Percevejos no primeiro dia após saírem dos ovos.

Fonte Autor/ Todos os percevejos no segundo dia bem maiores.

Fonte Autor/ Todos os percevejos no segundo dia bem maiores.

Fonte Autor/ Todos os percevejos no segundo dia bem maiores.



As próximas imagens foram extraídas através de pesquisas em sites da internet:

Imagens de ovos de percevejo  com melhor definição

Imagem mais definida de percevejos saindo dos ovos incolores e os mais velhos aguardando.

Algumas espécies de percevejos adultos, incluindo o fedorento. 



Espécie de percevejo Barbeiro, causador da doença de Chagas, transmitida ao homem através da picada do inseto, por protozoário. 

Sites de referências para pesquisas:

http://www.mdsaude.com/2012/07/doenca-de-chagas.html 

http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=3174 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Percevejo 


quinta-feira, 16 de abril de 2015

BIOLOGANDO NA TRILHA: Encontrando Fungos Grandes


    Nos fungos em geral que chamamos de Reino Fungi, existe uma variedade de cores, tamanhos e formatos, possuem 5 divisões são eles os Chytridiomycota, Zygomycota, Ascomycota, Basidiomycota e Glomeromycota. Os fungos das fotos abaixo registradas em diferentes locais fazem parte de uma dessas divisões ou filos citados acima que são os Basidiomycotas ou Basidiomicetos que incluem fungos como cogumelos comestíveis e os venenoso conhecidos por "chapéu de sapo" , também temos as orelhas-de-pau e as ferrugens. 

  Nesta primeira imagem temos um fungo marrom de chão bem grande, aparentemente aglomerado, haviam vários de diferentes tamanhos espalhados pelo local, foi encontrado na serra gaucha próximo a Gramado e Canela temos a cidade de Nova Petrópolis que a 23 km do centro da cidade existe o Parque do Panelão que possui uma formação rochosa com fortes quedas d'água que formam lagos com saídas subterrâneos, existe uma variedade de fungos no local, pude registrar este exemplar de Basidiomiceto marrom e grande:

Fonte autor/ Fungo marrom

   Os fungos tem grande importância para o equilíbrio do meio ambiente, muitos atuam na natureza como decompositores, além de outras importâncias econômicas e alimentares. Apresentam reprodução Assexuada por mitose e Sexuada por meiose formação de esporos, existem fungos unicelulares não possui hifas e parede celular e fungos pluricelulares considerados perfeitos com corpo de frutificação e hifas, (Observação: Hifas são células alongadas do fungo que formam o micélio.)

   O fungo das próximas fotos também é um exemplar de Basidiomiceto conhecido por Orelha-de-pau, possui este nome por justamente crescer em troncos de arvores ou madeiras com umidade e em decomposição. Este fungo chamou a atenção pois ao primeiro olhar aparenta ser uma prateleira branca na árvore, em comparação ao tamanho da arvore este fungo era bem grande, ele se encontra em uma enorme árvore de patio bem na entrada do  Museu de Porto Alegre RS Joaquim José Felizardo, provavelmente a árvore é nativa e antiga, o fungo tinha uma estrutura bem forte, estava bem aderido a árvore, com uma grossa coloração branca na parte de baixo, vejas as fotos:

Fonte Autor/Orelha de pau

Fonte Autor/Orelha de pau


    Veja o tamanho do fungo em comparação a uma mão próxima, pode-se dizer que dava o tamanho de umas 4 ou 5 mãos juntas:


Fonte Autor/Orelha de pau

Fonte Autor/Orelha de pau